PARCEIRO DO MEIO AMBIENTE

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Parceiro do Meio Ambiente: uma homenagem da Prefeitura do Rio de Janeiro

domingo, 15 de junho de 2014

MATÉRIA NO GLOBO ON LINE DO DIA 10.12.2012


RIO - Visitar o complexo do Pão de Açúcar, uma das maravilhas do Rio de Janeiro, é um passeio que não tem preço e pode sair de graça, dependendo apenas da sua disposição. Da Pista Cláudio Coutinho, na Urca, sai uma trilha que vai até o Morro da Urca em cerca de 20 minutos, tempo levado por quem sobe em ritmo normal, sem pressa. Mais do que uma forma de aproveitar o cartão postal no centenário do bondinho sem desembolsar os R$ 53 do ingresso do teleférico, é uma aventura ao alcance de todos. Fica a dica: com o horário de
verão, a melhor hora para subir é no fim da tarde.
Além de estar mais fresquinho, dá para assistir ao pôr do sol de camarote, deitado numa das espreguiçadeiras espalhadas pelo Morro da Urca. E, para brindar o espetáculo, nada melhor do que um drinque. Às 18h, começa o happy hour no Abençoado, bar próximo à segunda estação, com dose dupla — pague um drinque e beba dois. Uma benção para quem suou a camisa na bela trilha. Completando o passeio, depois das 19h, é possível pegar o teleférico de volta para a Praia Vermelha sem pagar um centavo.
Presidente do Centro Excursionista Rio de Janeiro, o montanhista Waldecy Mathias Lucena dá instruções para que o passeio ocorra de forma segura, sustentável e consciente. A trilha fica dentro do Monumento Natural dos Morros da Urca, do Pão de Açúcar e da Babilônia, uma unidade de conservação municipal. Por isso, para utilizá-la, é preciso seguir regras.
— As pessoas devem evitar os atalhos (um dos motivos de degradação da trilha); respeitar os horários da unidade de conservação, que fica aberta de 8h às 18h durante o verão; usar sapatos adequados; andar com alguém que conheça o caminho; não jogar lixo e não alimentar os animais, como os macacos, que estão se reproduzindo e comendo os ninhos dos pássaros — afirma Waldecy, que representa a Federação de Montanhismo do Estado do Rio de Janeiro (Femerj) no conselho consultivo do monumento natural.
A trilha, por ser a mais usada na cidade, é classificada também como a mais degradada. Ela vem alargando em alguns trechos e há vários atalhos abertos a partir do caminho principal. Por isso, quem for segui-la tem que estar consciente em relação à sua preservação.
Parte da subida é íngreme e exige mais esforço. Mas escadas feitas de troncos facilitam a caminhada e ajudam a preservar a trilha. Para evitar percalços, é aconselhável ir com um guia. O site da Associação de Guias, Instrutores e Profissionais de Escalada do Estado do Rio de Janeiro (Aguiperj) — aguiperj.org.br — reúne informações sobre especialistas no assunto.
A vegetação de Mata Atlântica e os animais — como o pássaro Tiê-sangue, que costuma dar o ar da sua graça — acompanham o aventureiro ao longo da jornada.
— A natureza aqui parece coisa de outro mundo — dizia Aline Carvalho, de 20 anos e moradora de Ramos, enquanto descia a trilha a pé. — Nunca consegui chegar subindo. Por isso, resolvi subir de bondinho e descer pela trilha.
Lá em cima do Morro da Urca, há uma bilheteria para quem quiser esticar o passeio até o Morro do Pão de Açúcar. Neste caso, paga-se a metade do ingresso: R$ 26,50. A Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar informa que o portão da trilha e a bilheteria são fechados às 19h. A partir dessa hora, não é mais possível seguir para o Pão de Açúcar.
No Morro da Urca, o bar Abençoado oferece mais de 30 tipos de drinques. O Martini de Maçã Verde (R$ 21), feito com vodca, e a Caipirinha de Morango (R$ 16), com cachaça, são boas pedidas. Depois da bebidinha, você pode deixar sua marca na história do Pão de Açúcar. Se for pegar o bonde até o segundo morro, vale passar na Cápsula do Tempo, projeto que integra as comemorações dos cem anos do bondinho. Lá, o visitante escreve uma mensagem positiva dentro de um cartão na forma do Pão de Açúcar e tira uma foto, que fica disponível no site do Caminho Aéreo. Em março de 2013, a empresa selecionará as melhores mensagens e as divulgará numa área especial do portal na web.
Quem ama o Pão de Açúcar também cuida
Uma aventura mais radical no Pão de Açúcar são as escaladas. O complexo possui mais de 300 vias para a prática do esporte. A mais famosa é a do Costão do Pão de Açúcar, que fica na face leste do morro, de frente para Niterói. Quem tiver interesse na atividade pode procurar no site da Femerj (www.femerj.org) clubes que tenham cursos homologados.
Outra forma de curtir o monumento natural é cuidando dele. No primeiro domingo de cada mês, o montanhista Domingos Sávio organiza um mutirão de recuperação ambiental do Morro da Urca e do Pão de Açúcar. Em dez anos, foram quase seis mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica plantadas na área. O número inclui o trabalho solitário feito por Sávio todos os finais de semana na face leste do Pão de Açúcar.
— É um mutirão de educação ambiental. No geral, é o primeiro contato das pessoas com esse tipo de atividade ecológica — afirma o montanhista, dizendo que o grupo precisa por a mão na massa.
Entre as espécies plantadas, estão aroeira da praia, pau-brasil, amendoim bravo e ipê. O próximo mutirão será no dia 7 de janeiro. Os interessados no trabalho podem entrar em contato por e-mail (saviorj@terra.com.br) e obter informações no blog www.paodeacucarverde.blogspot.com.


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