Convido você a uma mudança cultural. O que pode ser feito para diminuir o impacto que você provoca no meio ambiente? Quanto de lixo é possível diminuir no seu dia a dia? É possível deixar o carro na garagem e sair a pé ou de bicicleta, melhorando inclusive seu condicionamento físico? É possível evitar escalar ou caminhar em uma área restrita? Não abrir novas trilhas ou novas vias por um desejo estatístico? Acima de tudo, é possível pra você, além de desfrutar das reservas florestais e das montanhas, berço das nascentes de água que nos abastecem, contribuir para que elas se perpetuem?
A caminhada pode estar apenas começando e você é seu próprio guia nessa excursão. Boa viagem.
(Parte do texto publicado no boletim do CERJ)
domingo, 26 de julho de 2009
DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE(05/06/09)
Dia Mundial do Meio Ambiente
No dia 5 de junho comemoramos o dia do meio ambiente. Um dia reservado no calendário mundial para celebrarmos o ambiente em que vivemos. Uma oportunidade para questionarmos a forma como estamos nos relacionando com a nossa Casa maior: o Planeta.
Frequentemente o homem se depara com seus limites frente à natureza. Titânicos icebergs derrotam a tecnologia e a cada aeronave cuspida pela atmosfera nos perguntamos qual instrumento falhou ou qual procedimento de rotina deixou de ser cumprido. Esquecemos-nos da força que a natureza tem e de sua imprevisibilidade. Dos humores do planeta depende nossa sobrevivência em sua superfície e frente a algumas situações somos totalmente impotentes.
Mas podemos agir no que nos compete. Dessa decisão depende muita coisa, pois já somos alguns bilhões e não pararemos de crescer, a não ser que ocorra um fato extraordinário.
A equação do consumo não fecha, pois o planeta tem recursos naturais limitados e um contingente humano cada vez mais voraz por consumir. Como consequencia, espécies animais e vegetais são extintas numa velocidade crescente e assustadora e muitos recursos naturais estão se esgotando.
Em nossa insensatez, poluímos lagoas, rios, mares e o ar. Poluímos a nós mesmos. As cidades se desenvolvem cobrando um alto preço dos ambientes naturais.
Não precisa ser assim. Um olhar mais respeitoso pela natureza resultaria numa convivência mais harmônica e menos predatória para com o planeta.
O homem é capaz de criar ilhas artificiais, aterrando o mar em grandes transações imobiliárias e também é capaz de gerar ilhas flutuantes de lixo que vagam no oceano.
À nossa geração, como bandeirantes ao contrário, restou uma missão inusitada: deter o desenvolvimento a qualquer custo, poupar as florestas e os ecossistemas que restaram e educar para o consumo consciente. Milhares de bandeirantes atuando em seu círculo de influência, estimulando a criação de fontes alternativas de energia, de reciclagem em larga escala e ajudando a proteger o ambiente em que vivemos.
O frágil equilíbrio das condições climáticas na terra dependerá da forma com que nossa geração e as seguintes se relacionarão com o planeta. Disso dependerá a sobrevivência das futuras gerações.
Domingos Sávio Teixeira
Diretor de Ecologia - CERJ
(Texto publicado no boletim do CERJ-julho de 2009)
No dia 5 de junho comemoramos o dia do meio ambiente. Um dia reservado no calendário mundial para celebrarmos o ambiente em que vivemos. Uma oportunidade para questionarmos a forma como estamos nos relacionando com a nossa Casa maior: o Planeta.
Frequentemente o homem se depara com seus limites frente à natureza. Titânicos icebergs derrotam a tecnologia e a cada aeronave cuspida pela atmosfera nos perguntamos qual instrumento falhou ou qual procedimento de rotina deixou de ser cumprido. Esquecemos-nos da força que a natureza tem e de sua imprevisibilidade. Dos humores do planeta depende nossa sobrevivência em sua superfície e frente a algumas situações somos totalmente impotentes.
Mas podemos agir no que nos compete. Dessa decisão depende muita coisa, pois já somos alguns bilhões e não pararemos de crescer, a não ser que ocorra um fato extraordinário.
A equação do consumo não fecha, pois o planeta tem recursos naturais limitados e um contingente humano cada vez mais voraz por consumir. Como consequencia, espécies animais e vegetais são extintas numa velocidade crescente e assustadora e muitos recursos naturais estão se esgotando.
Em nossa insensatez, poluímos lagoas, rios, mares e o ar. Poluímos a nós mesmos. As cidades se desenvolvem cobrando um alto preço dos ambientes naturais.
Não precisa ser assim. Um olhar mais respeitoso pela natureza resultaria numa convivência mais harmônica e menos predatória para com o planeta.
O homem é capaz de criar ilhas artificiais, aterrando o mar em grandes transações imobiliárias e também é capaz de gerar ilhas flutuantes de lixo que vagam no oceano.
À nossa geração, como bandeirantes ao contrário, restou uma missão inusitada: deter o desenvolvimento a qualquer custo, poupar as florestas e os ecossistemas que restaram e educar para o consumo consciente. Milhares de bandeirantes atuando em seu círculo de influência, estimulando a criação de fontes alternativas de energia, de reciclagem em larga escala e ajudando a proteger o ambiente em que vivemos.
O frágil equilíbrio das condições climáticas na terra dependerá da forma com que nossa geração e as seguintes se relacionarão com o planeta. Disso dependerá a sobrevivência das futuras gerações.
Domingos Sávio Teixeira
Diretor de Ecologia - CERJ
(Texto publicado no boletim do CERJ-julho de 2009)
HISTÓRICO DOS MUTIRÕES NO PAREDÃO LAGARTINHO-FACE SUL DO PÃO DE AÇÚCAR
MUTIRÕES DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL NO PÃO DE AÇÚCAR
Em agosto de 2004, o CERJ deu um passo à frente na área ambiental adotando o Paredão Lagartinho (incluindo as bases das Chaminés Stop e Galotti), na face sul do Pão de Açúcar.
Nossos mutirões acontecem sempre no 1° domingo do mês, às 9:00 hs e o ponto de encontro é na Praça General Tibúrcio, em frente à Praia Vermelha.
Nesses quase cinco anos de trabalho, conseguimos reverter um quadro de degradação ambiental instalado ali. Por causa da péssima qualidade do solo, que também é muito raso, o progresso é lento, mas o resultado já é visível.
Numa outra frente, atuamos também na recuperação da trilha de acesso à Chaminé Stop, a partir da Pista Cláudio Coutinho. Construímos, ao longo da calha d’água (que às vezes coincide com a trilha), vários pequenos diques, com bons resultados na contenção da erosão provocada pelas fortes enxurradas que descem ali. Antes, todo esse material descia sem obstáculos, indo assorear a Pista Cláudio Coutinho, na entrada da trilha, com prejuízo para todo o ecossistema dentro da mata. Agora, já notamos pequenos platôs junto aos diques, confirmando sua utilidade.
Trabalho semelhante também está sendo feito na base da via Lagartão, ampliando lentamente a base da via, ajudando assim no desenvolvimento das espécies espontâneas que já estavam lá.
Importante também a construção dos degraus entre as bases das vias Lagartão e da Chaminé Stop em setembro de 2005, com madeira tratada cedida pela FEMERJ. Com isso, reduzimos muito o impacto nesse trecho muito íngreme da trilha, que a cada chuva ficava pior. Hoje, os degraus estão consolidados e necessitam de pouca manutenção.
Num mutirão memorável, em novembro de 2004, 23 montanhistas responderam ao chamado para o transporte de 320 mudas para o início do plantio no Paredão Lagartinho. Foi bonito ver aquela fila de montanhistas subindo a encosta, levando de volta o verde para aquela área tão degradada.
Nas duas áreas que recupero individualmente na face leste do Pão de Açúcar, quando solicito ajuda sempre sou atendido pelos cerjenses e montanhistas de outros clubes. Lá, foram feitos vários mutirões para transporte de mudas com a ajuda preciosa dos voluntários. No último, em dezembro de 2008, tivemos também a ajuda dos militares da Fortaleza de São João. Na face leste (Costão e Grotão), a recuperação já está bem mais adiantada, já que foi iniciada em maio de 2002 e o solo é muito melhor, na maioria da área.
Você está convidado (a) a participar dos nossos mutirões. O pouco que contribuímos faz diferença e minimiza o impacto que o grande numero de montanhistas tem provocado na área em que atuamos. O entorno do Pão de Açúcar é uma espécie de quintal dos montanhistas. É razoável que cuidemos, no mínimo, do nosso quintal. Façamos a nossa parte. O planeta merece.
Agradeço a todos os voluntários que cederam seu tempo e esforço todos esses anos, ao CERJ e à FEMERJ pelo apoio e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente pela doação das mudas.
Mais informações no blog: www.paodeacucarverde.blogspot.com
Domingos Sávio Teixeira
Diretor de Ecologia
saviorj@terra.com.br
(Texto publicado no boletim do CERJ-junho/2009)
Em agosto de 2004, o CERJ deu um passo à frente na área ambiental adotando o Paredão Lagartinho (incluindo as bases das Chaminés Stop e Galotti), na face sul do Pão de Açúcar.
Nossos mutirões acontecem sempre no 1° domingo do mês, às 9:00 hs e o ponto de encontro é na Praça General Tibúrcio, em frente à Praia Vermelha.
Nesses quase cinco anos de trabalho, conseguimos reverter um quadro de degradação ambiental instalado ali. Por causa da péssima qualidade do solo, que também é muito raso, o progresso é lento, mas o resultado já é visível.
Numa outra frente, atuamos também na recuperação da trilha de acesso à Chaminé Stop, a partir da Pista Cláudio Coutinho. Construímos, ao longo da calha d’água (que às vezes coincide com a trilha), vários pequenos diques, com bons resultados na contenção da erosão provocada pelas fortes enxurradas que descem ali. Antes, todo esse material descia sem obstáculos, indo assorear a Pista Cláudio Coutinho, na entrada da trilha, com prejuízo para todo o ecossistema dentro da mata. Agora, já notamos pequenos platôs junto aos diques, confirmando sua utilidade.
Trabalho semelhante também está sendo feito na base da via Lagartão, ampliando lentamente a base da via, ajudando assim no desenvolvimento das espécies espontâneas que já estavam lá.
Importante também a construção dos degraus entre as bases das vias Lagartão e da Chaminé Stop em setembro de 2005, com madeira tratada cedida pela FEMERJ. Com isso, reduzimos muito o impacto nesse trecho muito íngreme da trilha, que a cada chuva ficava pior. Hoje, os degraus estão consolidados e necessitam de pouca manutenção.
Num mutirão memorável, em novembro de 2004, 23 montanhistas responderam ao chamado para o transporte de 320 mudas para o início do plantio no Paredão Lagartinho. Foi bonito ver aquela fila de montanhistas subindo a encosta, levando de volta o verde para aquela área tão degradada.
Nas duas áreas que recupero individualmente na face leste do Pão de Açúcar, quando solicito ajuda sempre sou atendido pelos cerjenses e montanhistas de outros clubes. Lá, foram feitos vários mutirões para transporte de mudas com a ajuda preciosa dos voluntários. No último, em dezembro de 2008, tivemos também a ajuda dos militares da Fortaleza de São João. Na face leste (Costão e Grotão), a recuperação já está bem mais adiantada, já que foi iniciada em maio de 2002 e o solo é muito melhor, na maioria da área.
Você está convidado (a) a participar dos nossos mutirões. O pouco que contribuímos faz diferença e minimiza o impacto que o grande numero de montanhistas tem provocado na área em que atuamos. O entorno do Pão de Açúcar é uma espécie de quintal dos montanhistas. É razoável que cuidemos, no mínimo, do nosso quintal. Façamos a nossa parte. O planeta merece.
Agradeço a todos os voluntários que cederam seu tempo e esforço todos esses anos, ao CERJ e à FEMERJ pelo apoio e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente pela doação das mudas.
Mais informações no blog: www.paodeacucarverde.blogspot.com
Domingos Sávio Teixeira
Diretor de Ecologia
saviorj@terra.com.br
(Texto publicado no boletim do CERJ-junho/2009)