terça-feira, 24 de novembro de 2009

ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DAS PLANTAS SOBRE ROCHAS




ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DAS PLANTAS SOBRE AS ROCHAS
Por Katia Torres Ribeiro
As rochas estão por todo lugar, e hoje são um dos ambientes terrestres mais bem preservados de todo o planeta, sendo assim importantes refúgios para muitas plantas sensíveis ao fogo, ao gado e a várias outras atividades humanas. Na África do Sul, por exemplo, país quase todo varrido por incêndios, as plantas sensíveis ao fogo estão quase sempre confinadas nas paredes rochosas; na China acontece o mesmo, seu território foi praticamente todo convertido em áreas de agricultura, e somente as rochas e as montanhas elevadas abrigam uma vegetação original, mesmo assim bastante atingida pelos caçadores de bonsais[1].
Em diversos estados do Brasil, principalmente no nordeste, toda a área plana foi convertida também em pastos ou plantações, e muitas vertentes de montanhas são alcançadas pelas cabras e pelo fogo, de modo que a escassa vegetação original fica quase sempre restrita às paredes rochosas de difícil acesso[2]. Em um levantamento desse tipo de vegetação feito no maciço do Itatiaia, foram encontradas 114 espécies em apenas 800m2, que representam cerca de 25% do total de espécies do planalto[3],[4]. No incêndio de 2001, as manchas de vegetação sobre rocha não queimaram, o que mostra mais uma vez a importância das rochas como refúgio para muitas plantas.
A divulgação e crescente popularização dos esportes de aventura e ao ar livre vêm ameaçando as áreas naturais em geral, e também a vegetação sobre rocha, que tem aí seu maior fator de impacto[1],[5], pelo menos nas zonas temperadas. No Brasil, é freqüente também a retirada de plantas para o comércio ilegal, e são muitos os relatos de incêndios propositais nas paredes rochosas no nordeste e no Espírito Santo[6], bem de acordo com a piromania nacional.
O que as plantas sobre rocha têm de especial? As plantas encontradas nos paredões podem ser rupícolas, quando crescem diretamente sobre a rocha, ou saxícolas, quando se localizam em pequenos platôs ou fendas com solo. Nessas situações, a água que chega escoa rapidamente e os nutrientes são escassos. Por isso, as plantas crescem bem devagar, e muitas têm adaptações especiais para lidar com a escassez de água, como é o caso dos cactos e bromélias formadoras de tanques, que armazenam água, ou das orquídeas e bromélias do gênero Tillandsia, que conseguem captar rapidamente a umidade das nuvens, ou ainda as velózias (canelas-de-ema) e capins-ressurreição, que toleram a dessecação violenta das folhas com posterior re-hidratação das mesmas folhas. Algumas plantas são tão especializadas neste ambiente limitante que continuam crescendo devagar, mesmo se adubadas e irrigadas1. A bromélia Vriesea goniorachis, aquela espécie de folhas pontudas, comum nas faces norte dos morros do Rio de Janeiro, faz parte de um dos grupos mais especializados no hábito rupícola, ainda muito pouco estudado taxonomicamente (no que diz respeito à distinção entre as espécies e seus nomes), mas se sabe que cresce de forma extremamente lenta e resiste à adubação também[7].
Não é fácil se fixar na rocha. Imaginem quantas sementes se perdem por secura ou enxurrada para que uma se fixe e, finalmente, cresça. Basta observar uma via inacabada na face S do Pão de Açúcar, o Paredão Universal, para constatá-lo: ela começou a ser conquistada na década de 60, mas depois foi abandonada e até hoje não apresenta sinal claro de recuperação da vegetação luxuriante que cobre esta face úmida da montanha.
É muito difícil para uma semente conseguir viajar de uma montanha para outra e, além disso, chegar a germinar. Talvez por isso haja tantas plantas que são específicas de uma ou de poucas montanhas adjacentes. Plantas em diferentes montanhas, quando não trocam sementes ou pólens, vão se tornando cada vez mais diferentes até que formam espécies distintas, e assim surgem os muitos casos de endemismo restrito (espécies só encontradas em uma única montanha).
Depois que algumas espécies mais tolerantes se fixam, começa a haver a interceptação de partículas de rocha, de húmus e detritos de plantas, e assim surge um protossolo, em que vão crescer outras plantas, como algumas gesneriáceas, bromélias e aráceas. Em geral, há primeiro a entrada de liquens e musgos, que crescem extremamente devagar (alguns liquens crescem apenas 1mm por ano!). Essas plantinhas minúsculas vão decompondo a rocha química e fisicamente, e vão juntando um pouco de solo embaixo de si, e assim também ajudam as sementes das outras espécies a se fixar. Estas então germinam e começam a crescer de forma bastante lenta também. Algumas delas crescem prostradas na rocha, e formam algo parecido com um tapete, que ajudam ainda mais a fixar partículas de solo, e mais e mais espécies conseguem se estabelecer ali. No entanto, muitas vezes esses extensos tapetes estão precariamente presos na rocha, quase que apenas aderidos, e sua retirada, bastante fácil, interrompe um processo de décadas ou mesmo de séculos de duração.
Em resumo, podemos dizer que essas espécies crescem devagar, têm dificuldade de estabelecimento (germinação + fixação) e, portanto, ``investem'' na longevidade. Estas plantas são, no mais das vezes, muito velhas! Ruy Alves[8], pesquisador do Museu Nacional do Rio de Janeiro, estimou a idade das canelas-de-ema do Pão de Açúcar, aquelas pequenas plantas de flores brancas (Vellozia candida) no caminho do Costão e Paredão São Bento, em cerca de 150 anos, e em cerca de 500 anos as canelas-de-ema gigantes da Serra do Cipó. Larson e colaboradores1, que são biólogos e também escaladores, do Canadá, mostram fotos de árvores encravadas em fendas das falésias de Niágara, totalmente depredadas por rapéis feitos em suas raízes e caules (além de podas de galhos para dar passagem cômoda), sendo que algumas tinham 1700 anos de idade e eram pequeninas como arbustos! Casos similares de árvores antigas podem ser possivelmente encontrados nas grotas e fendas das montanhas altas do Brasil, mas ainda não se têm dados sobre as mesmas.
Por que as montanhas têm plantas diferentes umas das outras? Muitos fatores determinam quais plantas podem ser encontradas em uma certa montanha. Além do acaso e das chances das sementes terem chegado lá, as plantas são afetadas pelo regime de luz, pela rugosidade da rocha (tamanho dos cristais da rocha e forma de fragmentação), presença de fendas e outras concavidades, composição química da rocha e outros detalhes do relevo, além da presença de dispersores e polinizadores. Plantas muito diferentes são encontradas sobre quartzito, granito ou arenito, por exemplo[9].
Também é bastante evidente o papel da insolação, da declividade e da umidade. No hemisfério sul, as paredes voltadas para o norte são as que recebem mais horas de sol e, nos trópicos, menos espécies conseguem crescer nestas faces, por conta do calor e da falta d´água. O contrário acontece nas regiões frias, onde mais espécies são encontradas nas faces que recebem mais sol. A declividade também define bastante quais espécies podem ser encontradas. Algumas delas só conseguem crescem em paredes verticais, enquanto outras dependem de um pouco de terra, e são mais comuns nas paredes menos inclinadas (as grandes bromélias, muitas canelas-de-ema). A umidade depende dos ventos, da insolação e da declividade da rocha, principalmente. Às vezes podem ser encontradas grandes diferenças em umidade em paredes próximas, como é o caso dos morros ao longo do litoral do Rio de Janeiro. As faces voltadas para o sul são geralmente atingidas por ventos vindos do mar, úmidos, e por conta disso, a vegetação nessas faces costuma ser luxuriante, com muitas espécies e grande densidade. Das 12 espécies de orquídeas existentes nas rochas do Pão de Açúcar, apenas duas ocorrem na vertente norte, enquanto as outras 10 habitam apenas as vertentes voltadas para o quadrante sul[10].
A vegetação sobre rocha do sudeste do Brasil e de outros países tropicais da América do Sul é extremamente diversa, e rica em endemismos[2]. Embora as rochas do oeste da África sejam por vezes muito similares às do Brasil, lá as mesmas espécies tendem a ser encontradas em longas distâncias, e muitos afloramentos rochosos compartilham aproximadamente os mesmos conjuntos de espécies. No Brasil, cada montanha ou conjunto de montanhas tem suas espécies particulares, principalmente de bromélias, orquídeas, samambaias e canelas-de-ema.
A fragilidade da vegetaçãoEssa vegetação sobreviveu relativamente bem até hoje, mas na verdade é extremamente frágil. A fragilidade tem dois componentes importantes: a facilidade para remover a vegetação (resistência) e o tempo que ela leva para se recuperar (resiliência)[11]. Para retirar a vegetação sobre rocha não são necessárias nem grandes ferramentas, nem tratores, nem fogo, como em uma floresta. Basta a habilidade de subir (ou descer...) na rocha e a força de algumas pessoas, ou mesmo a passagem freqüente de cordas para causar um grande estrago. Já o tempo para a vegetação se reconstituir por meios naturais ainda não foi estimado, mas é certamente muito longo. Em locais com muitas fendas a vegetação pode voltar ao que era antes em menos de 100 anos[12], mas em superfícies lisas os processos são mais lentos. Esses tempos não foram medidos ainda justamente por estarem além da duração das nossas vidas, e pelo fato dessa vegetação muitas vezes ter sido vista com baixo interesse.
A recuperação destas áreas é impressionantemente difícil e lenta, e no caso de se querer apressá-la, muito cara. O que é destruído agora tem de ser considerado como perda total, a não ser que sejam implementados programas intensivos de recuperação.
A velocidade com que novas vias vêm sendo estabelecidas ameaça a estabilidade da vegetação e mesmo a existência de muitas espécies, e é preciso lutar por normas de conduta que minimizem o impacto em vias novas ou já criadas, ao mesmo tempo em que se tenta determinar um patamar máximo de retirada de vegetação das paredes.
Infelizmente, com os dados de que dispomos hoje, que são poucos, não é possível estabelecer limites de uso com muita objetividade. Os trabalhos de Rogério de Oliveira[13] foram os únicos no Brasil a fazerem uma amostragem sistemática das plantas sobre rocha também nas faces mais íngremes. Em geral, as coletas botânicas e os estudos ecológicos feitos com estas plantas se restringem às partes das montanhas que são alcançadas a pé com facilidade por um leigo em escaladas. Por esta razão, estima-se que quase todos os conjuntos de morros e montanhas no sudeste do Brasil têm espécies novas ainda por descobrir e descrever.
É mais fácil destruir e não se importar com plantas que parecem um simples mato. E o que é o mato? Pra maior parte das pessoas, é aquilo que vive em qualquer lugar, que cresce em abundância, que ``dá como mato''. Decididamente este não é o caso das plantas sobre rocha, muitas delas assim tão pequenas e na verdade mais velhas que nossas bisavós, e que conhecemos tão pouco. É responsabilidade de todos nós poupar e ensinar os outros a proteger essa vegetação da nossa sempre crescente velocidade.
--------------------------------------------------------------------------------
Referências[1] Larson, D.W., Matthes, U. & Kelly, P.E. (2000) Cliff Ecology. Pattern and Process in Cliff Ecosystems. Cambridge Studies in Ecology. Cambridge University Press, Cambridge. 340p.
[2] Porembski, S., Martinelli, G., Ohlemuller, R. e Barthlott, W. (1998) Diversity and ecology of saxicolousvegetation mats on inselbergs in brazilian Atlantic forest. Diversity and Distributions, 4, 107-119.
[3] Ribeiro, K.T., Medina. B.O. e Scarano, F.R. (2001) Rupicolous vegetation of the Itatiaia Plateau: Floristic composition, endemism and its relationship with the Atlantic Forest, Journal of Biogeography.
[4] Martinelli, G. & Vaz, M.S. (1988) Padrões fitogeográficos em Bromeliaceae dos campos de altitude da floresta pluvial costeira do Brasil, no estado do Rio de Janeiro. Rodriguésia, 64/66, 3-10.
[5] Nuzzo, V.A. (1996) Structure of cliff vegetation on exposed cliffs and the effect of rock climbing. Canadian Journal of Botany, 74, 607-617.
[6] Relatos de André Ilha, Kate Benedict e Pedro Nahoum
[7] Informação de Pedro Nahoum.
[8] Alves, R.J.V. (1994) Morphological age determination and longevity in some Vellozia populations in Brazil. Folia Geobotanica Phytotaxa Praha, 29, 55-59.
[9] Porembski, S., Barthlott, W., Dörrstock, S. & Biedinger, N. (1994) Vegetation of rock outcrops in Guinea: granite inselbergs, sandstone table mountains and ferricretes - remarks on species numbers and endemism. Flora, 189, 315-326.
[10] Miranda, F.E.L. e Oliveira, R.O. (1983). Orquídeas rupícolas do Morro do Pão de Açúcar, Rio de Janeiro. Atas da Sociedade Botânica do Brasil, 18, 99-106.
[11] Begon, M., Harper, J.L. e Townsend, C.R. (1996) Ecology, 3rd edn, Blackwell Science Ltd, Oxford.
[12] Ursic, K., Kenkel, N.C. e Larson, D.W. (1997) Revegetation dynamics of cliff faces in abandoned limestone quarries. Journal of Applied Ecology, 34, 289-303.
[13] Carauta, J.P.P. e Oliveira, R.R. (1984) Plantas vasculares dos morros da Urca, Pão de Açúcar e Cara de Cão. Rodriguésia, 36, 13-24.

DIRETRIZES DE MÍNIMO IMPACTO (ATUALIZAÇÃO)




1a Atualização das Diretrizes de Mínimo Impacto para Urca
Dia 11.08.2007 ocorreu na Urca a 1a Atualização das Diretrizes de Mínimo Impacto para Urca, as quais foram criadas no Seminário da Urca realizado em 2002.
A FEMERJ realizou duas reuniões abertas para todo e qualquer interessado que desejasse participar da elaboração do texto que seria apresentado na oficina dia 11/08. Desta forma o texto esteve a disposição de toda a comunidade antes da Oficina.
O resultado dessas reuniões e da Oficina (também aberta a toda comunidade) segue abaixo:
Texto da Oficina (11/08/2007)

Diretrizes Gerais:
1. Qualquer que seja a natureza de sua atividade na montanha, assim como uma escalada ou rapel, faça o possível para minimizar quaisquer danos, sobre a vegetação, o terreno ou a rocha. Opte sempre que puder em descer pela caminhada. O rapel é impactante e responsável pela maior parcela de destruição da camada de liquens e vegetação de parede. Se o rapel for inevitável, procure não fazê-lo emendando duas cordas. A movimentação de cordas na parede acrescida do nó de emenda aumenta ainda mais o impacto sobre a vegetação.
2. A Urca é um centro de escalada tradicional, portanto não apropriada para a prática exclusiva de rapel. Além do já citado impacto sobre a vegetação, existe a possibilidade de acidentes quando do uso de vias de escalada para a prática do rapel exclusivo, lembrando que há uma área recomendada ao treinamento em técnicas de descida, vide item 2.2 das Diretrizes Específicas.
3. Estando na base de uma escalada, evite aglomerações e/ou preparações para a escalada em platôs com vegetação. Não utilize a vegetação como apoio, proteção natural ou ancoragem. Platôs tanto na base das escaladas e mais ainda ao longo das vias são locais específicos (habitat) de várias espécies animais e vegetais e assim, inestimáveis. Preserve-os.
4. Utilize as trilhas existentes e não abra ou utilize atalhos. Contribua sempre para a manutenção obstruindo com gravetos e folhas caídos os atalhos abertos e desobstruindo as trilhas originais caso haja algum obstáculo em seu trajeto.
5. O compromisso com o baixo impacto de uma via conquistada não se refere somente ao ato da conquista, que deve ser feita, obviamente, em linhas sem vegetação. Deverão ser também pensadas as conseqüências das repetições e futuras descidas.
6. Ao pensar em realizar uma conquista explore bem o potencial oferecido pelas vias já existentes no setor (escale!). Conheça um pouco da história informando-se nos guias já publicados ou com escaladores locais mais experientes. Isto poderá evitar que se cometam equívocos como a abertura de variantes medíocres, rotas muito próximas ou que intermedeiem vias clássicas, etc... Procure orientar sua energia para locais menos saturados.
7. Não promova e nem participe de escaladas com um grupo grande e evite aglomerações. Considere que poderá encontrar outras cordadas na mesma via. Excursões com muita gente causam significativos impactos nas trilhas e vias. Aprecie o aspecto reflexivo e contemplativo da escalada, que só são possíveis longe da multidão.
8. Lembre-se que o objetivo é o mínimo impacto: restrinja sua passagem na parede ao estritamente essencial. Não coloque grampos abusivamente. Lembre-se que eles são a última opção de proteção. Não os transforme na única. Privilegie, portanto, as proteções móveis. Não bata grampo ou chapeletas em boulders. Não coloque agarras artificiais, bem como não quebre ou cave agarras na rocha. Não faça pinturas, pichações ou outras marcações na parede. E leve todo o seu lixo de volta. Considere também transportar lixo deixado por pessoas menos conscientes que você.
9. Certas paredes apresentam indícios de que não comportam mais vias, sem que aconteça um dos seguintes casos: vias coladas umas nas outras, comprometendo o caráter independente das mesmas, ou muita vegetação destruída. Situações como estas não acrescentam nada de positivo para a história da escalada da Urca. Verifique nas recomendações específicas, quais são estas paredes.
10. Boulders e Falésias: roga-se aos escaladores que instituam o hábito (e cultura) de se proceder a limpeza das agarras após sua atividade. A simples limpeza com escova (que não seja de aço) após o uso pode diminuir o impacto visual do magnésio. Eventualmente, em casos extremos, inclusive lavar a agarra usando água e escovação.
11. Observe que há vários trabalhos de reflorestamento e conservação de trilhas no Complexo da Urca. Procure se locomover cuidadosamente nessas áreas trabalhadas, cujo solo muitas vezes encontra-se desestabilizado, evitando o pisoteio das mudas. Informações sobre os trabalhos em www.femerj.org

Diretrizes Específicas:
Justificativas para Diretrizes
(a)
Preservar vegetação remanescente
(b)
Parede não esportiva saturada de vias
(c)
Abundante presença de vegetação
1. Morro da Babilônia:
1. Setor Entropia – Diedro Phoenix:
Justificativas: (a) e (b)
· Sem novas conquistas
· Recomenda-se que não seja escalada a via à esquerda da via M2, mantendo a recomendação do Seminário de Mínimo Impacto no dia 23/02/2002. Solicita-se aos conquistadores que a via seja desequipada.

2. Setor à direita do Diedro Phoenix (Chamado Selvagem, etc.):
· Novas conquistas devem seguir os itens 5 e 6 das recomendações gerais.

2. Morro da Urca:
1. Face Norte - Setor Singra:
· Novas conquistas devem seguir os itens 5 e 6 das recomendações gerais.

2. Face Norte - Setor Falésias (Antonio Callado, Hervê Muniz, etc.):
· Novas conquistas devem seguir os itens 5 e 6 das recomendações gerais.
· Privilegie o acesso pela caminhada.
· Tenha em mente que é uma área de solo instável e utilize sempre a trilha já demarcada.
· Treinamentos em técnicas de descida devem ser realizados à esquerda da via Mesmo com Chuva, um trecho desprovido de vegetação e indicada para treinamento.

3. Face Sul - Setor início da pista (do portão até do cano de esgoto):
Justificativas: (c)
· Sem novas conquistas.

4. Face Sul - Setor Coloridos:
Justificativas: (c)
· Sem novas conquistas;
· Manter fechado o acesso à via Arco-Íris pela trilha. Utilizar o costão rochoso como acesso.

5. Face Sudoeste (esquerda da via Escarlate ao final da rua Ramon Franco)
· Possui acesso restrito por militares e particulares.
· Em áreas sem vegetação, novas conquistas devem seguir os itens 5 e 6 das recomendações gerais.

3. Pão de Açúcar:
1. Face Sul – Setor Coringa:
Justificativas: (a) e (c)
· Sem novas conquistas;
· Evitar rapel, privilegiar a descida pelo Costão (exceção p/ a via Alfredo Maciel).

2. Face Sul – Setor Tetos:
· Novas conquistas devem seguir os itens 5 e 6 das recomendações gerais e privilegiar as conquistas em móvel.

3. Face Sul – Setor Entre o Alfredo Maciel e Gallotti:
Justificativas: (c)
· Sem novas conquistas.

4. Face Sul – Setor Totem, face leste:
· Novas conquistas devem seguir os itens 5 e 6 das recomendações gerais.

5. Face Sul – Setor Totem, face sul (frontal):
Justificativas: (a) e (c)
· Sem novas conquistas.

6. Face Sul – Setor Totem, face oeste:
· Novas conquistas devem seguir os itens 5 e 6 das recomendações gerais.

7. Face Sul – Setor Lagartinho:
Justificativas: (c)
· Sem novas conquistas.

8. Face Oeste (Esgotão até o Cão Danado):
Justificativas: (a), (b) e (c)
· Sem novas conquistas.

9. Face Oeste (Cão Danado até o fim do Teto):
· Novas conquistas devem seguir os itens 5 e 6 das recomendações gerais.

10. Face Oeste (fim do Teto ao Secundo):
Justificativas: (a) e (c)
· Sem novas conquistas.

11. Face Norte (Secundo até Iemanjá):
· Novas conquistas devem seguir os itens 5 e 6 das recomendações gerais.

12. Face Leste (Iemanjá ao Costão):
Justificativas: (c)
· Sem novas conquistas.

13. Face Leste - Setor Mirante do Costão:
Justificativas: (a), (b) e (c)
· Para a parede à esquerda do trecho entre as vias 49 e Recruta Zero, novas conquistas devem seguir os itens 5 e 6 das recomendações gerais.
· Sem novas conquistas para o restante do setor.
· Recomenda-se que não sejam escaladas as vias entre a via 49 e Sargento Tainha, conquistadas após as recomendações do Seminário de Mínimo Impacto no dia 23/02/2002. Solicita-se aos conquistadores que as vias sejam desequipadas.
· Tenha em mente que é uma área de solo instável, com trabalhos de recuperação em andamento e utilize sempre a trilha já demarcada.

14. Face Leste - Setor do Costão e Escadinha do Jacó:
Justificativas: (a) e (c)
· Sem novas conquistas.
· Lembre-se que o Costão é uma via de escalada muito frequentada sofrendo assim grande impacto. Planeje esta excurção com um grupo pequeno, tendo em vista que certamente encontrará outras pessoas. Grandes concentrações potencializam problemas logísticos e maior danos ao meio ambiente.
· Recomenda-se manter ações de recuperação do Costão e da Escadinha de Jacó, tendo como base as seguintes ações:
§ Preparar um caminho único até o mirante para eliminar atalhos e evitar o alargamento da trilha;
§ Eliminação de plantas invasoras (capim colonião e gordura), e recomposição com vegetação nativa.

4. Falésias e Boulders:
1. Ácidos
· Em áreas sem vegetação, as novas conquistas devem seguir os itens 5 e 6 das recomendações gerais.

2. Setor Floresta (falésias e boulder)
· Novas conquistas devem seguir os itens 5, 6 e 8 das recomendações gerais.
· Limpeza periódica das marcas de magnésio.
· Utilize sempre as trilhas demarcadas.

3. Setor Mar (falésias e boulder)
· Novas conquistas devem seguir os itens 5, 6 e 8 das recomendações gerais.
· Limpeza periódica das marcas de magnésio.

4. Setor da Pedra da Lei:
Justificativas: (c)
· Sem novas conquistas para a Falésia.
· Para área de boulder as novas conquistas devem seguir os itens 5, 6 e 8 das recomendações gerais.

5. Falésia da São Sebastião
· Novas conquistas devem seguir os itens 5 e 6 das recomendações gerais.

6. Setor Face Leste do Pão de Açúcar (boulder)
· Novas conquistas devem seguir os itens 5, 6 e 8 das recomendações gerais.

5. Trilhas
As intervenções e manutenção das trilhas devem ser observar suas características de manejo:
1. Trilha popular:
· Trilha do Morro da Urca (Pista Cláudio Coutinho – Morro da Urca).

2. Trilha para montanhismo tradicional:
· Demais acessos para escaladas (paredes, falésias e boulders), incluindo a trilha para o Costão. Observar que o Costão é uma escalada.
· Não sinalizar a entrada dessas trilhas, mantendo-as discretas.

Oficina de Atualização das Diretrizes de Mínimo Impacto para a Urca, em 11/08/2007
Recomendações e Ações
a. FEMERJ-SMAC/PCRJ
· Ações de educação ambiental para os pescadores, concentradas em não deixar lixo.
· Ações de educação ambiental para os visitantes, concentradas em: não abrir ou usar atalhos, não realizar pichações, não alimentar animais e não deixar lixo.
· Presença da Guarda Municipal na Pista Cláudio Coutinho e na trilha da Urca.
· Manter o portão de acesso ao Morro da Urca aberto até as 19:00h ou até o horário de descida gratuita do bondinho.
· Horário de visitação da Pista Cláudio Coutinho das 6:00 às 19:00h.
· Remoção dos animais domésticos.
· Solicitar que, na manutenção (Comlurb), não seja roçado além da caixa da Pista Cláudio Coutinho, evitando expor as entradas das trilhas.
· Participação efetiva dos montanhistas, na gestão da U.C. do Pão de Açúcar, formalizando a parceria com a FEMERJ.

b. FEMERJ-Cia Caminho Aéreo Bondinho Pão de Açúcar
· Apoio da Cia. Caminho Aéreo aos trabalhos de recuperação de trilha.
· Formalizar a parceria entre a Femerj e a Cia. Caminho Aéreo, (incluindo os horários de utilização gratuita do bondinho do Morro da Urca).
· Controle e fiscalização do lixo jogado pela visitação do Morro da Urca e Pão de Açúcar.
· Placas educativas aos visitantes.

c. FEMERJ
· Criar no site da FEMERJ páginas que informem (e localizem) as ações de recuperação na Urca.
· Realizar intervenções no acesso as vias da Face Norte do Morro da Urca (Setor Falésias) e estabilização das bases da vias deste setor.
· Fazer um diagnóstico das demais trilhas de acesso ou saídas de vias de escalada para verificar a necessidade de ações de recuperação.
· Criar um grupo para a manutenção emergencial da trilha da Urca.
· Realizar intervenções para a recuperação do Costão do Pão de Açúcar.
· A via Noites Cariocas, aberta pelo Jamaica no Setor Falésias da Face Norte do Morro da Urca permanece.
· As Vias Noites de Brigadeiro e Surpresas da Caixinha, abertas com furadeira pelo Pita, Neto e Bernardo Cruz na Face Norte do Pão de Açúcar permanecem.
· A Via Cidade de Deus, na face oeste/norte, ao lado da Cão Danado, conquistada pelos Tchecos, terá suas chapeletas recolocadas.
· Intermediação da via Aves de Rapina com um grampo para rapel (na primeira horizontal após sair do cabo de aço) – Marcelo Braga demonstrou insatisfação com o ocorrido e vai avaliar se o grampo deve permanecer ou não.
· Serão feitas duas variantes na via Iemanjá (com a devida concordância dos conquistadores):
§ Uma logo no início, após a longa horizontal, ao invés de passar por dentro dos gravatás, será feita uma variante pela esquerda, contornando os mesmos.
§ A outra será após o crux, indo para a direita, evitando assim o trecho sem grampos que passa pelo mato.

domingo, 1 de novembro de 2009

VOLUNTÁRIOS ESTREANTES


Aldair, Victor Hugo e Maysa plantando suas primeiras mudas no Pão de Açúcar.

MUTIRÃO ECOLÓGICO




No dia 01/11/09 aconteceu mais um mutirão de recuperação ambiental do CERJ no Pão de Açúcar.
Trabalhamos no início da trilha de acesso à Chaminé Stop, a partir da Pista Cláudio Coutinho. Ali a trilha estava entrando num processo de assoreamento mais forte, expondo as raízes de algumas árvores. Construímos algumas contenções, reforçamos outras já existentes e cercamos a trilha com cordões de sisal, fechando os atalhos que estavam causando erosão naquele trecho.
Plantamos também quatro mudas de pitangueira doadas pela Milena. Grato pelas mudas, Milena.
Voluntários de hoje: eu, Maysa Blay, Luiza Menescal, Milena Duchiade, Aldair (minha conterrânea de Rondônia), Victor Hugo, Juliana, Henrique Menescal, Andreza(mãe da Juliana) e Jaqueline Macedo.
Agradeço aos voluntários, que hoje compareceram em grande número e cheios de disposição.
O próximo será no dia 06/12.
Você está convidado (a).
Sávio